Como surgiu
Como surgiu
No ano de 2016, a atriz e pedagoga Jana Guinond lançou um programa de web-série chamado " Programa Usando a Língua - portuguesa" que nasceu no período de uma depressão, Apoiada por mulheres como Creuzelly Ferreira, Helena Theodoro, Iléa Ferraz, Lúcia Xavier, Iris Jane Martins e Marilza Baraúna, idealizou o programa, em que faz três personagens de gerações diferentes, dialogando cada uma com a sua forma de se expressar, conversando sobre a influência banta na língua Portuguesa. O projeto foi realizado com a vaquinha no Catarse ajuda de muitos amig@s,
O programa tem como consultora de conteúdo Dra. Helena Theodoro; fundamental no processo pós-depressão de Jana Guinond; e a doutoranda Julia Joia como consultora linguística, Elza Soares como madrinha e Martinho da Vila como padrinho.
Na ocasião, em 2016, o Brasil passava por várias questões políticas fatídicas, e mesmo assim Jana Guinond lançou o programa, no entanto, as pessoas estavam voltadas para outras situações, e sua saudosa irmã se tornou paciente renal crônica, então teve que se dedicar a cuidar dela, em paralelo a criação do filho de 10 anos. Mas, resolveu colocar o programa em festivais internacionais, onde foi selecionado e ganhou prêmios em alguns.
Idealizadora Jana Guinond, Consultora de conteúdo Profª. Dra. Helena Theodoro e Consultora de conteúdo linguístico, Doutoranda Julia Joia, recebendo o prêmio Ose Mimo.
Foi quando Jana Guinond recebeu uma ligação telefônica de Washington - USA, de Zakiya Carr da Black Women Disrupt, que havia assistido ao programa, e ligou para parabenizar a iniciativa, pedindo que não parasse, tendo em vista que o programa é algo maravilhoso.
Passado o tempo, no final do ano de 2019, Zakiya Carr convida Jana Guinond para fazer uma temporada de palestras em Atlanta, Washington e Nova Iorque, e Jana Guinond disse que gostaria que ela conhecesse a consultora de conteúdo do programa, Dra. Helena Theodoro, e gostaria de viajar com ela, tendo em vista que, ela foi a primeira mulher preta a viajar dando palestras em dez lugares nos Estados Unidos, na década de 80.
É importante destacar que Jana conhecia Zakiya Carr, mas a mesma, não conhecia Jana Guinond, foi através de um encontro técnico do Plano de Ação Brasil-Estados Unidos para Promoção da Igualdade Racial e Étnica, o JAPER (sigla, em inglês) que aconteceu no ano de 2010, em Brasília, na qual, Jana foi convidada pela saudosa ministra-chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Brasil entre 2011 e 2014. Sra. Luiza Bairros, e Sra Zakiya Carr participava da mesa, porque era diretora de Inclusão Social e Racial do governo Barack Obama, na ocasião.
E ainda bem que o plano está retornando esse ano pela Ministra da Igualdade Racial, Sra. Anielle Franco.
Ministra da SEPPIR - Sra Luiza Bairros e Jana Guinond
Com a coincidência do universo ou não desse " reencontro" em 2016, e logo depois em 2019, iniciaram o processo de documentações, e no início do ano de 2020, o mundo todo praticamente parou por conta da pandemia do covid-19, impossibilitando a viagem.
No entanto, elas mantiveram as reuniões online, e mesmo abaladas com a nova realidade, nas quais, pessoas acima de 65 anos, passaram a pertencer ao grupo de risco, a preocupação com a saúde mental da população afrodiaspórica, como uma forma de aquecer os corações, colocando na prática, o exercício de ouvir os (as) mais velhos (as), e fomentar o diálogo entre gerações, resolveram criar o Alafiá Mundo.
Jana Guinond que sempre se preocupou com a participação das longevas, ou "jovens a mais tempo" nas redes sociais, sensitivamente havia realizado um curso para que elas pudessem ser mais autônomas nas redes. Inclusive, foi responsável por fazer todas os perfis da Dra. Helena Theodoro, para que o mundo pudesse ter acesso às grandes contribuições da professora.
Dra. Helena Theodoro foi fundamental na junção dos elos, por conta de sua trajetória, experiência e sabedoria, ficou responsável pela consultoria pedagógica, trazendo convidad@s ilustres que fizeram e fazem grandes contribuições para a sociedade. É a nossa apresentadora dos encontros, lembrando os tempos em que apresentava um programa na rádio MEC na década de 50.
Jana Guinond convidou Tainá Almeida, que é professora, formada em letras e tradutora, para compor o time, iniciando assim, a ampliação de diálogos com americanos (as) pan-africanistas. Assim como, Natália Silva em 2021 que ficou até 2022, e agora temos a Steffanie Moreno, ambas responsáveis pelas artes das redes sociais.
E para alegrar com músicas, os nossos encontros, convidou DJ Bieta para ficar com essa missão de encantar ainda mais os encontros com sets especialmente preparados para convidado(as).
Zakiya Carr teve que se retirar por conta de ter sido convidada para ser Conselheira na Casa Branca em Washington - USA, e, indicou, em 2021, Kiratiana Freelon para compor o time de poderosas.
O Alafiá Mundo proporcionou vários grandes encontros e reencontros, como o da Professora antropóloga e cineasta Sheila Walker de Washington - USA, e a filósofa e escritora Helena Theodoro, que no ano de 2001 estavam juntas na "Conferência Mundial Contra o racismo, discriminação racial, xenofobia e intolerância correlata", em Durban, na África do Sul. E nos encontros apresentavam orgulhosamente seus livros publicados: "Conhecimento desde dentro", organização Sheila Walker e " Martinho da Vila - Reflexos no espelho" de Helena Theodoro.
É importante destacar que ambas, mesmo com o etarismo em alta no Brasil, que consiste no preconceito, na intolerância e na discriminação contra pessoas de mais idade, elas estão no auge do 70+ produzindo, transmitindo conhecimentos e reaprendendo com as mudanças da vida.
E, uma coisa é certa, elas não param, continuam na arte de produzir conhecimentos, de " mostrar" as diversas possibilidades de um mundo possível.
Ah! Pra fechar...
No Brasil, segundo o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o números de pessoas jovens tem caído e de idosas, tem aumentado. Ou seja, futuramente teremos mais adultos na sociedade, por vários fatores, e nós do Alafiá Mundo já começamos a conversar sobre isso, e como Dra. Helena Theodoro afirma: que fazem parte do grupo " jovens há mais tempo", apresentando uma outra perspectiva de vida, uma diferente maneira de se relacionar com as pessoas e o mundo.
O Alafiá Mundo é um presente para todas as pessoas que se propoem a sentar para ouvir histórias, se imaginando ao redor de uma fogueira, transmitindo conhecimentos de gerações para gerações, minimizando o vácuo da existência, proporcionando um maior pertencimento e de questionamento sobre o mundo que queremos, respeitando a trajetória de nossa ancestralidade.
Alafiá significa " que deu certo", e temos acesso a informações tão espetaculares, contagiantes, renovadoras, que sempre nos dão um clima de aumentar o fôlego para continuarmos na luta por um Brasil igualitário e não excludente, que ainda está muito longe para se considerar uma Nação.
Um viva ao Alafiá Mundo.
Lindo de escutar e sentir.
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